A dona da agência de comunicação Pepper Interativa, que prestava serviços ao PT, assinou acordo de colaboração premiada na Operação Acrônimo...
A dona da agência de comunicação Pepper Interativa, que prestava serviços ao PT, assinou acordo de colaboração premiada na Operação Acrônimo, que investiga um suposto esquema de financiamento ilegal de campanhas eleitorais.
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), e a primeira-dama de Minas, Carolina de Oliveira, são investigados. A defesa de Fernando Pimentel afirmou que o governador reitera confiança na apuração, mas lamenta a divulgação precipitada de dados de delação premiada que deveriam estar sob sigilo (leia nota ao final desta reportagem).
Danielle Fonteles acertou a delação com a Procuradoria Geral da República. Isso porque ela se comprometeu a revelar a participação de autoridades com foro privilegiado no esquema investigado na Operação Acrônimo.
Procurada, a defesa da empresária informou que não vai comentar.
A agência de comunicação atuou na campanha eleitoral da presidente Dilma Roussef em 2010, produzindo conteúdo para a internet.
Segundo investigadores, a delação da empresaria da Pepper deve conter informações sobre os serviços prestados à campanha.
Segundo investigadores, a Acrônimo identificou dinheiro irregular nas contas da campanha de Dilma em 2010 e 2014.
Danielle Fonteles também vai detalhar o suposto envolvimento de Pimentel – atual governador e um dos coordenadores da campanha de Dilma –, da mulher dele, Carolina de Oliveira, e de Benedito de Oliveira Neto, conhecido como Bené, dono de uma gráfica que prestou serviço para a campanha de Pimentel ao governo mineiro e apontado pela PF como operador do governador no esquema.
O relator da Acrônimo no Superior Tribunal de Justiça, ministro Herman Benjamin, já autorizou o indiciamento de Pimentel e o interrogatório dele pela Polícia Federal. O entendimento do ministro é o de que o foro privilegiado não pode levar a privilégios.
Investigadores afirmam reservadamente que já têm elementos suficientes para denunciar o governador ao STJ. Se a denúncia for aceita pela Corte especial do STJ, um eventual afastamento de Pimentel poderá ser discutido.
Lava Jato
A agencia Pepper também é citada na delação de executivos da Andrade Gutierrez, na Operação Lava Jato.
Os investigadores da Lava Jato apontaram a ligação desses repasses da Andrade Gutierrez à Pepper Interativa durante buscas feitas durante a Operação Acrônimo.
A TV Globo confirmou que os ex-executivos Flavio Barra, Antônio Campelo, Flávio Gomes Machado Filho e o presidente afastado da Andrade Gutierrez, Otávio de Azevedo, disseram que a construtora pagou, ilegalmente, uma dívida de campanha da presidente Dilma Roussef, do PT, em 2010.
A empreiteira teria simulado contratos com a agência digital Pepper Interativa, que trabalhou na campanha de Dilma. O valor do pagamento por fora teria sido de R$ 6 milhões.
Segundo a investigação, o dinheiro foi repassado a pedido de Fernando Pimentel, um dos coordenadores da campanha de 2010 e que foi ministro da Indústria e Comércio no primeiro mandato de Dilma.
As informações colhidas pela Acrônimo foram confirmadas na delação dos executivos da Andrade Gutierrez como prova dos supostos pagamentos ilegais à campanha de Dilma em 2010.
Nota da defesa do governador Fernando Pimentel
Leia abaixo nota da defesa do governador Fernando Pimentel:
"A respeito das informações de delação premiada no âmbito da operação Acrônimo, a defesa do Governador reafirma a sua absoluta tranquilidade em relação aos fatos em apuração. Reitera sua confiança na atuação das autoridades responsáveis, mas lamenta as divulgações precipitadas e seletivas de informações que deveriam estar sob sigilo, até mesmo no interesse da investigação.
Permanece à disposição da Justiça, na certeza que a prudência e a cautela que devem orientar o dever funcional das referidas autoridades não se tornem reféns das pressões externas para a politização de qualquer investigação criminal" (advogado Eugênio Pacelli).
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), e a primeira-dama de Minas, Carolina de Oliveira, são investigados. A defesa de Fernando Pimentel afirmou que o governador reitera confiança na apuração, mas lamenta a divulgação precipitada de dados de delação premiada que deveriam estar sob sigilo (leia nota ao final desta reportagem).
Danielle Fonteles acertou a delação com a Procuradoria Geral da República. Isso porque ela se comprometeu a revelar a participação de autoridades com foro privilegiado no esquema investigado na Operação Acrônimo.
Procurada, a defesa da empresária informou que não vai comentar.
A agência de comunicação atuou na campanha eleitoral da presidente Dilma Roussef em 2010, produzindo conteúdo para a internet.
Segundo investigadores, a delação da empresaria da Pepper deve conter informações sobre os serviços prestados à campanha.
Segundo investigadores, a Acrônimo identificou dinheiro irregular nas contas da campanha de Dilma em 2010 e 2014.
Danielle Fonteles também vai detalhar o suposto envolvimento de Pimentel – atual governador e um dos coordenadores da campanha de Dilma –, da mulher dele, Carolina de Oliveira, e de Benedito de Oliveira Neto, conhecido como Bené, dono de uma gráfica que prestou serviço para a campanha de Pimentel ao governo mineiro e apontado pela PF como operador do governador no esquema.
O relator da Acrônimo no Superior Tribunal de Justiça, ministro Herman Benjamin, já autorizou o indiciamento de Pimentel e o interrogatório dele pela Polícia Federal. O entendimento do ministro é o de que o foro privilegiado não pode levar a privilégios.
Investigadores afirmam reservadamente que já têm elementos suficientes para denunciar o governador ao STJ. Se a denúncia for aceita pela Corte especial do STJ, um eventual afastamento de Pimentel poderá ser discutido.
Lava Jato
A agencia Pepper também é citada na delação de executivos da Andrade Gutierrez, na Operação Lava Jato.
Os investigadores da Lava Jato apontaram a ligação desses repasses da Andrade Gutierrez à Pepper Interativa durante buscas feitas durante a Operação Acrônimo.
A TV Globo confirmou que os ex-executivos Flavio Barra, Antônio Campelo, Flávio Gomes Machado Filho e o presidente afastado da Andrade Gutierrez, Otávio de Azevedo, disseram que a construtora pagou, ilegalmente, uma dívida de campanha da presidente Dilma Roussef, do PT, em 2010.
A empreiteira teria simulado contratos com a agência digital Pepper Interativa, que trabalhou na campanha de Dilma. O valor do pagamento por fora teria sido de R$ 6 milhões.
Segundo a investigação, o dinheiro foi repassado a pedido de Fernando Pimentel, um dos coordenadores da campanha de 2010 e que foi ministro da Indústria e Comércio no primeiro mandato de Dilma.
As informações colhidas pela Acrônimo foram confirmadas na delação dos executivos da Andrade Gutierrez como prova dos supostos pagamentos ilegais à campanha de Dilma em 2010.
Nota da defesa do governador Fernando Pimentel
Leia abaixo nota da defesa do governador Fernando Pimentel:
"A respeito das informações de delação premiada no âmbito da operação Acrônimo, a defesa do Governador reafirma a sua absoluta tranquilidade em relação aos fatos em apuração. Reitera sua confiança na atuação das autoridades responsáveis, mas lamenta as divulgações precipitadas e seletivas de informações que deveriam estar sob sigilo, até mesmo no interesse da investigação.
Permanece à disposição da Justiça, na certeza que a prudência e a cautela que devem orientar o dever funcional das referidas autoridades não se tornem reféns das pressões externas para a politização de qualquer investigação criminal" (advogado Eugênio Pacelli).